Começando pela desvalorização, o Corolla tem boa fama no mercado de usados, por ser o líder de vendas da categoria entre os 0 km. E, seguindo a regra, carro que vende bastante costuma ter desvalorização baixa. Mas se o Jetta seguir o padrão VW, deve perder pouco valor também. No aspecto pós-venda, porém, o Corolla leva vantagem por ter garantia de três anos (contra um do Jetta). Ou seja, ele pode desvalorizar menos por ainda ter cobertura da fábrica, caso você o venda com dois anos de uso, por exemplo.
Agora, pelo lado “mais carro”, aí o Jetta tem seus atributos. Ele é maior (4,64 m contra 4,54 m) e exibe uma distância entre-eixos mais longa (2,65 m ante 2,60 m), o que lhe garante boa vantagem em espaço interno, especialmente para os passageiros do banco de trás. Além disso, o porta-malas é enorme: 536 litros, enquanto o Corolla leva 487 litros.
Em dirigibilidade, os dois são bem diferentes. O Corolla é mais macio e silencioso, com uma direção elétrica bastante leve. É o tipo de carro que isola o motorista, embora tenha comportamento previsível. O Jetta chama mais o condutor, é um carro mais firme, ainda que não seja desconfortável. Em desempenho, vantagem do Corolla com seu motor 1.8 16V Dual VVTi de 144 cv, que faz de 0 a 100 km/h em 11,2 s. O Jetta tem no motor seu maior pecado: um 2.0 8V de parcos 120 cv. Mas, graças ao ótimo câmbio de seis marchas, ele nem fica tão atrás assim do rival, com 12,0 s na mesma prova. O Toyota ainda traz uma transmissão antiga, de apenas quatro marchas.
Somados prós e contras, eu optaria pelo Jetta por causa do porte e dirigibilidade, ainda que discorde da garantia de apenas um ano. O Corolla é um carro muito bom, mas já tem alguns anos de estrada e deve sofrer com a concorrência renovada.
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