quinta-feira, 2 de maio de 2013

Como escolher a primeira moto




Engarrafamentos, ônibus lotados, gastos altos com combustível. Optar por duas rodas pode ser uma forma de evitar essas situações do cotidiano. Mas como escolher a primeira moto? Da mesma forma que os carros, isso depende do uso e do orçamento do cliente.
Para quem quer se deslocar diariamente, ou até mesmo quem pretende usar para o trabalho - motoboys, representantes comerciais -, a sugestão é escolher uma moto pequena, de 125 ou 150 cilindradas.
O custo-benefício dos modelos costuma ser o melhor para um uso mais frequente. O preço das revisões e das peças são menores que o de opções mais equipadas, e o fato de ter potência menor também faz com que rendam mais.
No caso da Honda Biz ou da CG Fan, ambas 125 cilindradas, o custo da revisão (feita a cada quatro mil quilômetros) fica na faixa dos R$ 70, e o rendimento é acima de 30 quilômetros por litro de combustível. 

Para quem já tem um carro, por exemplo, e pretende utilizar a moto como segundo meio de transporte ou somente nos fins de semana e momentos de lazer, Pilling indica os modelos de 300 cilindradas, como as Honda CB300 e a XRE300. O primeiro modelo é do tipo street, ou seja, preparada para rodar em ruas e estradas pavimentadas; a segunda opção é off-road, para quem quer fazer trilhas ou viajar para locais cujo acesso se dá por terrenos acidentados. A Yamaha e a Kawasaki tem modelos de 250 cilindradas, como a Fazer YS 250 e a XTZ 250, e a Ninja 250R.

Como escolher a primeira moto






















Honda XRE300

Como escolher a primeira moto























Yamaha Fazer 250 YS

Como escolher a primeira moto






















Kawasaki Ninja 250r

Preços 
É claro que a escolha entre um modelo e outro depende também da disposição orçamentária do motorista. O preço de tabela da Honda Biz com partida elétrica é R$ 5.854, e o da CG Fan é R$ 5.696. Mais potentes, as 300 cilindradas custam R$ 11.490 e R$ 12.890, respectivamente a CB e a XRE, sem freio ABS.

Como escolher a primeira moto























Honda Fan 125 cilindradas

Quem tem condições de pagar por duas rodas poderosas o preço de quatro rodas populares têm a opção também das motos 600 cilindradas, como a CB 600 Hornet, da Honda, a FZS6, da Yamaha, a ER-6n, da Kawasaki, e a GSX 650F, da Suzuki - marca que também tem a scooter 650 cc Burgman Executive. Além do custo de compra - no caso da Honda, R$ 33.260 na versão sem freios ABS - a manutenção e o rendimento também pesam mais no bolso. A revisão, por exemplo, fica em torno de R$ 180, e o consumo fica na casa dos 23 quilômetros por litro.
Como escolher a primeira moto























Honda CB600

Como escolher a primeira moto























Yamaha FZ6S

Como escolher a primeira moto























Kawasaki ER-6n

Pilling lembra, ainda, que os seguros de motos mais básicas são consideravelmente mais baratos que os das potentes. O das 125 cilindradas, por exemplo, ficam entre R$ 700 e R$ 800 por ano, enquanto o das 600 cilindradas pode chegar a R$ 3 mil anuais.
Para começar 
Além da questão financeira, existem as questões de prática e conforto. Enquanto Biz pesa cerca de 100 quilos, a CB 600 chega a 177 quilos - uma diferença considerável para quem está comprando a primeira moto e pode não ter tanta habilidade ainda para conduzi-la.

Para a estudante Renata Martins, a altura e o estilo da moto também contam na hora da escolha. Com 1,57 metro de altura, ela diz que prefere a Biz por ser mais fácil de encostar o pé no chão quando está parada. "Fiz autoescola em uma CUB, consigo dirigir outros modelos, mas a minha é mais fácil, além de mais feminina", explica.
Como escolher a primeira moto























Honda Biz 125 cilindradas

A catarinense divide a moto com a mãe, e lembra que, para as mulheres, a scooter tem outra vantagem: o compartimento sob o banco, que permite guardar a bolsa e a capa de chuva, por exemplo, sem precisar de uma caixa externa. Segundo o gerente de vendas da revenda Honda, não é só Renata que prefere a Biz, as mulheres costumam escolher a scooter em vez da CG Fan.
Já os homens, diz Pilling, que mais frequentemente usam a moto para trabalhar, preferem a CUB - a sigla significa cheap urban bike, ou moto urbana barata, em tradução literal. Na scooter, o motorista vai sentado, enquanto a CUB precisa ser montada. Além disso, a CUB tem aparência mais esportiva. "Mas em termos de desempenho, o motor é o mesmo", garante.
Para trabalhar 
De acordo com o gerente de vendas da concessionária gaúcha, a suspensão dos modelos é preparada para levar pessoas mais pesadas ou cargas extras. Mas, para manter o desempenho no caso de quilos a mais, o indicado seriam modelos com 150 cilindradas, que além de mais potentes têm mais torque, e respondem melhor em subidas e outras situações que exigem um pouco mais do motor.

Como escolher a primeira moto
























Honda CG 150 Fan

office boy Gustavo Rodrigues Schlyter trabalha em um escritório de contabilidade em Florianópolis e faz cerca de dois mil quilômetros por semana. Segundo ele, para o motorista o conforto de uma moto um pouco mais potente faz muita diferença. A CG 150 que dirige no trabalho rende 27 quilômetros por litro, e em termos de manutenção, afirma, custa apenas um pouco a mais do que a alternativa com 25 cilindradas a menos, o que é compensado também pelo desempenho - essencial a quem corre contra o tempo.
Os motores de 300 cilindradas ou maiores não apresentam perda sensível de desempenho devido à carga, esclarece Pilling.
Para passear 
De acordo com o gerente de vendas da Via Porto Honda, cerca de 90% dos clientes que escolhem modelos com 600 cc já possuem um carro, e querem a moto porque gostam da condução. É o caso do médico Nelson Meinhardt, dono de uma Honda NX 400 Falcon. Depois de rodar muito sobre duas rodas, o cirurgião ficou 15 anos longe dos capacetes, até que resolveu voltar a pilotar. "Me dei de presente", brinca, afirmando que escolheu o modelo pelo prazer de andar de moto.

A ideia inicial era comprar uma 600 cilindradas, mas por causa dos valores a opção acabou sendo pela de 400 cilindradas - hoje já fora de linha. A escolha levou em conta a segurança, o desempenho e o conforto. "O curso da suspensão tem quase 30 centímetros, com ela é como se a estrada não tivesse buracos", exemplifica.
E, com todo o prazer que reforça que sente dirigindo, é claro que Meinhardt não ia ficar em casa: já foi com a Falcon até o Salto do Yacumã (RS), passeou pela Serra do Rio do Rastro (SC) e participou da Colhida da Macela, quando milhares de motoqueiros sobem a serra gaúcha na noite que antecede a Sexta-Feira Santa, rumo a São Francisco de Paula.
No orçamento 
Comprar uma moto street nova pode custar o mesmo que comprar um carro usado, quando se fala de preço final, mas se a ideia não é pagar à vista, as parcelas podem ser bem mais suaves e acessíveis. Luiz Fernando Pilling conta que a maioria dos clientes opta pelo financiamento, que embora saia mais caro por mês, por causa dos juros e do prazo menor para quitar a dívida, permite que em menos de uma semana o motorista já tenha a moto em mãos.

Como escolher a primeira moto

























Honda Pop 100

O consórcio pode ter prestações até um terço mais baratas, já que concede mais tempo para liquidar o parcelamento e não cobra juros, apenas a taxa de administração da carta de crédito - cerca de 20% o valor da moto. A desvantagem é ter que esperar ser contemplado, ou esperar ter algum dinheiro para dar o lance e tirar o produto. Em uma simulação da Honda FAN 125, por exemplo, o financiamento em 50 meses (tempo máximo) teria parcelas de cerca de R$ 200, enquanto o consórcio de 60 meses ficaria na faixa dos R$ 160. Se a carta for paga em 72 vezes, o valor cai para a casa dos R$ 100 mensais. A Pop 100, modelo de entrada da Honda, no consórcio de 72 meses, sai por R$ 73 mensais.

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